Pesquisador do GAIRF apresenta tese sobre migrantes haitianos no mercado de trabalho em SC

A exploração de migrantes haitianos no mercado de trabalho em Santa Catarina foi tema da tese de doutorado do pesquisador Luís Felipe Aires Magalhães, ligado ao Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (Nepo) da Unicamp, ao Observatório das Migrações de Santa Catarina da UDESC, e ao próprio GAIRF.

A pesquisa foi destaque de uma reportagem publicada recentemente (16/05) no Diário Catarinense, momento em que o pesquisador revela mais detalhes sobre o estudo.

Clique aqui para conferir a reportagem na íntegra e alguns trechos abaixo:

  • “Imigrantes haitianos que vieram para Santa Catarina de 2010 a 2016, recrutados principalmente pela agroindústria, construção civil e serviços de limpeza, tiveram direitos trabalhistas violados de forma recorrente”;
  • “A estimativa do Observatório das Migrações de SC é de que tenham vindo cerca de 85 mil haitianos para o país nos últimos seis anos, e pelo menos 10 mil tiveram Santa Catarina como destino final ou local de trânsito. Inicialmente, foram para cidades do litoral Norte, e depois passaram a ser requisitados por frigoríficos no Oeste. Entre 2010 e 2014, SC foi a unidade da federação que mais contratou haitianos.”
  • Segundo o pesquisador, “… as violações mais comuns são descontar dos salários um valor referente à moradia, muitas vezes precária, a alocação discriminatória – concentrar os haitianos em setores que registram mais acidentes e adoecimentos ou que são mais desgastantes -, e contratos trabalhistas com cláusulas desfavoráveis ao trabalhador que, sem entender português, assina documentos em que abre mão de direitos em caso de demissão, por exemplo”.

Com informações do Diário Catarinense.

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